Os 130 anos da icônica Anita Malfatti


Apesar de uma atrofia no braço e na mão direita, Anita Malfatti, fazia um trabalho incrível com os pincéis. Algumas de suas obras estão espalhadas pelos museus de São Paulo, como Pinacoteca, Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) e MASP. Dentre suas obras mais importantes: O Farol (1915), Academia - Torso de um Homem (1912) e O Homem Amarelo (1915).

No dia 2 de dezembro completou-se 130 anos do nascimento da artista plástica e o Estadão fez um guia com fatos importantes, principais características e onde ver algumas de suas obras, que estão espalhadas pelos museus de São Paulo.

Dentre as características do trabalho de Anita Malfatti destaca a de modernista assumida, o que não impediu que ela brincasse com as diferentes correntes artísticas em sua carreira. Em alguns momentos, fica muito clara a influência do expressionismo alemão em suas obras. Ela também 'flertou' com o regionalismo e o renascentismo, mistura essa que intrigava os pintores do movimento pelo qual ela foi 'apadrinhada'.

Dessa mistura, nasceu algumas das principais características das obras da artista, entre as quais destaca-se:

  • As cores vívidas, com tons fortes e pronunciados (o que não a impedia de se aventurar fazendo esboços apenas com carvão);
  • As expressões sempre em evidência, com rostos e olhares excessivamente marcantes;
  • Falta de preocupação com o realismo, sem formas e silhuetas rígidas;
  • As marcas das pinceladas, sem a preocupação de manter uma camada lisa de tinta;
  • A utilização de temas comuns que pertencem ao seu cotidiano. Algumas de suas obras, por exemplo, contém paisagens muito comuns de lugares que a própria Anita frequentava, como é o caso de Interior de Mônaco (1925) e La Rentrée (1927), ambas do período em que ela voltou a morar na Europa.


Para ver de perto suas obras, o Estadão indica:

  • Pinacoteca do Estado de São Paulo: que abriga quatro obras muito famosas da artista, como Tropical (1917), Praia do Gonzaguinha (1942 ), Les Glaneuses (Os Coletores) (1928) e Femmes d'Alger dans leur appartement (Mulheres de Alger em seu aposento) (1928);
  • Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM): tem no catálogo dois esboços de corpos, de 1917, sem nome e feitos ambos com a mesma técnica de carvão sob papel;
  • Museu de Arte de São Paulo (MASP): também tem quatro obras, sendo elas Batizado na Roça (década de 1950), Interior de Mônaco (1925), A Estudante (1915-1916) e Retrato de Tarsila (sem data).


Veja algumas de suas principais obras.